Planejamento de Português
1º Bimestre
Professoras:
5° Ano
Eixos
Eixo 1 : Compreensão e valorização da cultura escrita.
Eixo 2 : Leitura
Eixo 3: conhecimentos ortográficos e lingüístico.
Eixo 4: Produção escrita.
Eixo 5: Oralidade
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Capacidades
1.1
– Conhecer e valorizar a escrita em diferentes modos
de produção e circulação e em diferentes usos e funções. Modos de produção –
essa expressão diz respeito às formas como os textos se constroem e se
apresentam nos meios sociais (gêneros textuais). Modos de circulação – essa
expressão se refere aos meios, isto é, suportes através dos quais os tetos circulam na sociedade.
1.3
– Conhecer os usos e funções sociais da escrita.
1.4 – Desenvolver capacidades necessárias para o uso da
escrita no contexto escolar.
1.5 – Desenvolver capacidades necessárias para uso da
escrita em diferentes ambientes, contextos sociais.
2.2 – Identificar diferentes gêneros textuais,
considerando sua função social, seu circuito comunicativo e suas
características lingüístico-discursivas. (Vocabulário, nível de linguagem,
emprego de determinadas palavras, frases mais elaboradas, presença dos
conectores, entre outros).
2.3 – Antecipar conteúdos de tetos a serem lidos a partir
do suporte, do gênero, da contextualização, das características gráficas e de
conhecimentos prévios sobre o tema.
2.4 – Levantar e confirmar hipóteses relativas ao conteúdo
de passagens diversas (acontecimentos, partes do texto, os fatos que estão
expressos no texto, do texto que está seno lido.
2.7 – Compreender globalmente os textos lidos,
identificando o tema central, sendo capaz de localizar informações explícitas
e de inferir informações implícitas, interrelacionando essas informações no
processo de compreensão.
2.12 – identificar efeitos de ironia ou humor em textos
variados.
2.18 – Avaliar crítica e efetivamente o texto lido,
fazendo apreciações quanto a valores que o texto possibilita realizar.
2.20 – Ler oralmente com fluência e expressividade. (com
ritmo, entonação adequada).
2.21 – Ler silenciosamente com compreensão e autonomia.
3.1 – Identificar as letras, reconhecendo visual e
graficamente as de traçado semelhante.
3.2 - Conhecer os usos das letras maiúsculas e minúsculas,
observando a caligrafia e a legibilidade.
3.3 – Distinguir as consoantes homorgânicas e dominar seu
uso (consoantes homorgânicas são aquelas cuja pronúncia se dá no mesmo ponto
de articulação. A diferença entre os pares está na sonoridade (f e v, p e b,
t e d, q e g, qu e gu).
3.4 – Dominar a grafia de palavras que podem ter, na
escrita, a interferência das características da fala, isto é, não se escreve
como se fala, por exemplo, falam-se denti, mininu, tumati, escrevem-se dente,
menino, tomate.
3.9 – Usar o dicionário para sanar duvida quanto à grafia
das palavras.
3.10 – Conhecer os usos da pontuação de final de frases e
de sinalização de diálogos.
4.2 - Produzir textos escritos de gêneros diversos,
considerando seu suporte, seu contexto de circulação, sua estrutura, suas
características lingüísticas e discursivas.
4.6 – Organizar os próprios textos segundo os padrões de
composição usados na sociedade, isto é, segundo os moldes de gêneros textuais
que existem e circulam no meio social.
4.11 – Produzir resumos pertinentes dos textos lidos, isto
é, sendo fiel ao tema do texto.
5.1 – Participar das atividades cotidianas em sala de
aula; interagindo com os colegas e o professor.
Escutando com atenção e compreensão.
... Respondendo às questões propostas pelo professor.
Expondo opiniões nos debates com os colegas e com o
professor.
5.6 – Produzir textos orais, de diferentes gêneros
(história, caso, piada, rap, aviso, exposição de trabalho escolar, etc.)
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Conteúdos
Estar ativamente inserido na cultura escrita significa ter
comportamentos letrados, atitudes e disposições, frente ao mundo da escrita
(como interesse e gosto pela leitura), saberes específicos relacionados à
leitura e à escrita que possibilitam usufruir de seus benefícios. Diz
respeito também ao saber onde como a escrita é usada no universo social, sua
importância na vida das pessoas, quem produz textos escritos e quando são
produzidos, como e onde esses textos circulam e que vantagem a escrita traz
para as pessoas, o mundo, para a cultura em geral.
Exercitar essa capacidade significa colocar o aluno em
contato com diferentes gêneros e suportes de textos escritos e
possibilitar-lhe a vivência, o conhecimento e a utilização dos diversos
espaços de circulação de textos, desde as bancas, livrarias, bibliotecas,
sebos aos espaços virtuais.
Trabalhar os conhecimentos e as capacidades envolvidos na
compreensão dos usos e funções sociais da escrita implica trazer para a sala
de aula e possibilitar a observação e o manuseio pelos alunos de muitos
textos os mais variados gêneros e suportes, permitindo-lhes perceber funções,
igualdades/diferenças, características físicas e de conteúdo. Orientar os alunos
para a exploração de materiais escritos – do dinheiro ao vale transporte, da
bula de remédio à receita de bolo, a notícia à lista de compras – valorizando
seus conhecimentos prévios, permitindo deduções e descobertas a respeito dos
usos e funções sociais, incentivando-os a criar hipóteses e a confirmar ou
descartar suas expectativas, significa contribuir para que o aluno viva bem e
interaja com competência, nessa sociedade “grafocêntrica”.
Ser capaz de se
utilizar da escrita no contexto escolar perpassa pelo conhecimento e pela
ampliação das possibilidades de emprego dos diversos instrumentos de leitura
e de escrita de que a escola dispõe.
Entre eles estão os livros didáticos, livros de
literatura, dicionários, enciclopédias, os próprios materiais de uso do aluno
(lápis, borracha, cadernos, agendas) os computadores, os instrumentos de
vídeo, entre outros.
O professor deve desenvolver trabalhos com a perigrafia do
livro, isto é, analisar, saber as funções da capa, das orelhas, da quarta
capa, do sumário, da apresentação, do prefácio. Também trabalhar com a utilização dos cadernos de
forma organizada, orientando o aluno a respeitar margens, separar as atividades
e disciplinas, com os textos produzidos, sejam manuscritos, máquina de
escrever. É importante trabalhar a sua diagramação, disposição na página, a
utilização da estrutura pertinente ao gênero, o emprego de parágrafos,
respeitando-se o alinhamento; no trabalho
com a confecção de cartazes, panfletos, propagandas é necessário
discutir e acordar quanto a utilização da letra no tamanho adequado, a
conjugação entre linguagem verbal e não verbal, a disposição da informação;
enfim, preparar o aluno para estar apto a se utilizar de todas as
possibilidades de leitura e de escrita, no ambiente escolar e,
consequentemente, fora dele.
Desenvolver capacidades para o uso da escrita nos
contextos sociais supõe preparar o aluno para a compreensão e o emprego dos
diversos gêneros textuais que circulam na sociedade. Essa interação com os
textos, seus suportes (revistas, jornais, out-doors, embalagens, entre
outros), seus usos e funções, seu contexto de circulação é construída também
e inclusive com o trabalho do professor, em sala de aula. Explorar revistas,
jornais; desenvolver ações como planejar e realizar excursões, visitas a
feiras de cultura, idas a teatro, a exposições de arte; realizar atividades
que exijam leitura de resenhas, de panfletos, de propagandas, de planos de
viagens; que exijam produção de convite de solicitação, de permissão, de
comunicados, de planejamento, antes, e de relatórios, após a realização do
evento, são experiências que permitem colocar o aluno em situações reais de
leitura e de produção de textos orais e escritos. Abre possibilidades para
que o aluno se torne usuário da leitura escrita, no universo social, com competência.
Para o desenvolvimento dessa capacidade de identificar
diferentes gêneros textuais, há que se considerar, nessa etapa escolar, a
introdução de gêneros ainda não trabalhados, ou a escolha de tetos de gêneros
já trabalhados, mas com maior grau de complexidade adequado à etapa escolar.
Essa complexidade pode ser observada na temática, na estruturação do texto,
no vocabulário menos comum, na utilização de frases mais elaboradas, entre
outros aspectos. Identificar o gênero do texto pela função, finalidade, pelo
ambiente de circulação, pelos aspectos lingüístico discursivos supõe ser
capaz de reconhecer o seu destinatário pela linguagem empregada, se gírias,
se linguagem formal, o ambiente comunicativo, para que servem, se para
informar, convencer, advertir, instruir, comentar, divertir, explicar,
orientar, etc. É importante, no trabalho com esse aspecto da competência,
utilizar estratégias de ensino para se discutir, por exemplo, a diferença
entre relatar uma informação e informar algo e que relatar é contar um fato e
que, quando se informa, tem-se a intenção de apresentar uma ideia, um
conhecimento novo ao leitor. E tudo isso que se faz com leitura e análise e
textos de gêneros variados, trabalhando esses saberes.
Criar expectativas para leitura, questionamento de onde
vem o texto, se vem de jornal, revista, folheto, se acompanha um produto, um
remédio; quanto ao formato, se parece com algum texto já lido, de que assunto
deve tratar, para que e para quem foi escrito, o autor, a editora, o suporte
de onde foi extraído possibilita a motivação e facilita a compreensão. Essas
hipóteses levantadas, entretanto, precisam ser confirmadas ou
descartadas/substituídas, durante a leitura, considerando-se os elementos do
texto que garantem isso.
É preciso também levar em conta os conhecimentos prévios
dos alunos sobre aquele assunto, o que eles sabem a respeito da temática,
levantar hipóteses sobre o ambiente em que o texto circulará para e para quem
foi escrito. Esses são caminhos para o professor, além de incentivar para a
leitura, criar ambiente para a sua compreensão.
Uma vez levantadas as hipóteses antes as leitura, é preciso
confirmá-las ou descartá-las, durante a leitura. E suscitar novas, junto com
os alunos, para as passagens que estão por vir. Um leitor proficiente já faz
isso instintivamente. É preciso criar esse hábito nos leitores iniciantes. As
fábulas, os contos, os romances lidos pelo professor em forma de capítulos
são excelentes instrumentos para o desenvolvimento dessa capacidade. Utilizar
a técnica de leitura da pausa protocolada possibilita o desenvolvimento dessa
capacidade, com sucesso.
Ler com compreensão inclui, entre outros, três componentes
básicos: a compreensão linear, a produção e inferência, a compreensão global.
A compreensão linear supõe ler o que está escrito e saber, ao final da
leitura, se texto narrativo, o que acontece, onde, quando, quem fez o que,
com quem, como e por quê. Se o texto for argumentativo, souber de que fala o
texto, que idéias defendem que argumentos utilizam para convencer o leitor, a
que conclusões chegam. Com isso se permite identificar o tema do texto, sendo
capaz de compreender o que é informação principal e o que é secundária.
O segundo componente – a produção de inferências – diz
respeito à compreensão do que está sugerido no texto, mas não está dito às
claras, não está explicitado em palavras, valendo-se dos conhecimentos
prévios do leitor e das pistas que o próprio texto oferece.
Assim, a compreensão global do texto, terceiro componente,
não se dá apenas pelo processamento das informações explícitas, mas pela
integração das informações expressas, com os conhecimentos prévios do leitor
e/ou com elementos pressupostos no texto.
A ironia consiste em, aproveitando-se do contexto,
utilizar palavras que devem ser compreendidas no sentido oposto do que
apresentam transmitir.
Compreender a ironia presente no texto, supõe, num
processo de inferência, que o leitor ou o ouvinte devem entender que o que é
dito corresponde, na verdade, ao contrário do que é explicitamente afirmado.
Textos, como quadrinhos, anedotas, charges, tiras,
propagandas, entre outros se utilizam largamente de recursos expressivos. O
professor deve provocar seus alunos para que percebam neles os efeitos de
sentido que o autor, intencionalmente, quis provocar, se ironia, se humor,
com o emprego das palavras de duplo sentido (ambiguidades), jogo de palavras,
da pontuação, de expressões, metáforas, de onomatopéias, de palavras de
sentido conotativo e de outros recursos, Sem compreender a ironia ou o humor
de uma piada não se compreende o texto.
Compartilhar emoção, compreensão, posicionamento crítico
com os colegas e professores, projetando o sentido do texto para outras
vivências, realidades, conhecimentos de mundo, de forma pertinente, com base
no texto, faz parte do exercício da compreensão global do texto e da sua
inter-relação com outros textos e com a vida.
Esse momento de discussão, com base no texto lido, deve
ser realizado sempre na escola. Gostar ou não gostar do texto, aprovar
atitudes de personagens ou reprovar, com base em argumentos pessoais,
concordar ou não com pontos de vista diferenciados no texto, apresentando os
próprios porquês, tecendo comentários, levando-se em conta conhecimentos de
mundo e os próprios princípios, tudo isso sem perder o texto de vista, são
exercícios importantes para o desenvolvimento dessa capacidade.
Ler com fluência e expressividade e com compreensão, supõe
preparo. Para tanto, o professor pode criar situações em que o aluno de sinta
como participante do texto, na função de narrador, de repórter de rádio ou de
televisão, em coro falado, em situação de encenação. E o aluno, para esse
momento, que se prepare lendo silenciosamente, lendo em voz alta, com
expressividade, ritmo, em situação real, como para os pais e outros, em casa.
Só quem exercita compreende o que lê e é capaz de fazer uma leitura oral
competente.
A compreensão plena de textos de gêneros variados supõe
exercício permanente. Cabe ao professor preparar o aluno para a leitura
autônoma, silenciosa, com compreensão, e isto se faz colocando-o em contato
com textos de gêneros diversos, orientando-o a adotar posturas de leitura
adequadas a cada gênero. É lendo que se aprende a ler num processo de
interação entre leitor e texto.
Compreender que não se pode escrever qualquer letra, mesmo
que elas se pareçam graficamente, em qualquer posição numa palavra, significa
ter consciência de que as letras representam, na escrita, os fonemas que são
articulados na fala. Ler voz alta, o que se escreve, orientado pelo
professor, possibilita ao aluno perceber alguma troca de letra e que a
palavra escrita não foi bem aquela que se pretendia escrever. Não
basta, portanto, corrigir a escrita do aluno, é preciso
provocar a análise e a reflexão a respeito dessa escrita. É o conflito que
provoca a busca pela adequação escrita.
Sempre que se escreve, escreve-se para ser lido, mesmo
seja pelo próprio autor. A partir dessa máxima, desenvolve-se a ideia de que
a linha precisa seguir um traçado padrão e que escrever de forma legível é
uma necessidade para quem deseja que seu texto seja lido. O emprego da letra
cursiva, da caligrafia legível e o da boa apresentação para o texto, além da
organização do texto na página ainda continuam sendo objetivos a serem
alcançados por alunos e professores.
O emprego das letras maiúsculas e minúsculas, nessa etapa
de vida escolar, já se supõe ser um conhecimento, se não consolidado, em
processo de consolidação. Por supor regra ortográfica – letras maiúsculas
para nomes próprios e para inicio de frase e minúsculas para as demais
palavras – esse aprendizado deve ser sempre retomado tão logo se verifique o
não uso da forma. Em discussões coletivas, sobre adequação ortográfica de
textos produzidos pelos alunos bem como, individualmente, em orientação para
a auto correção e a reescrita do texto, a intervenção do professor deve
sempre ocorrer.
Trocar o f pelo v, grafando vaziada, quando se
quisera escrever fazenda, explica-se pela confusão provocada por fonemas que
têm um mesmo ponto de articulação, cuja diferença se dá na sonoridade. É
preciso que a sílaba se constitua, porque os sons desses fonemas são
definidos sempre a partir do apoio da vogal.
Nem todos os alunos têm dificuldades com os fonemas
consonantais homorgânicos, mas o professor precisa estar atento para as
situações em que a dificuldade ocorrer e trabalhar com seus alunos os casos
em pares – guerra diferente de quero, vez diferente de faz, bata diferente de
pata – e assim por diante.
Essa é uma capacidade que deve estar praticamente consolidada,
entretanto, o professor deve estar atento, porque pode ser que os alunos já
se tenham conscientizado de que o i e o u átonos de final de palavras sejam
escritos com e e o respectivamente – dente, pato. Mas há situações, como o r
final dos infinitivos verbais, o ndo nos gerúndios, os ditongos não
pronunciados, que requerem uma atenção especial do professor. Como exemplo,
podemos citar que, na fala coloquial reproduzimos “vô trabalhá, tô esvreveno,
o pexe nadô nu riberão”, mas a escrita, a não ser que seja fala de personagem que
dessa forma se expresse, exige o padrão. Vou trabalhar. Estou escrevendo. O
peixe nadou no ribeirão.
Aprender a usar o dicionário, em conseqüência da
compreensão do uso da ordem alfabética, trará para o aluno a possibilidade de
certificação do como se escreve uma determinada palavra. Esse é m dos usos do
dicionário, entretanto, a escola não deve se restringir a ele. O dicionário
deve ser instrumento permanente na escola, tanto para esse como para busca de
significado, de classe gramatical entre outros.
Conhecer os usos da pontuação supõe compreender o seu
emprego em favor do texto e da finalidade comunicativa adotada por quem o
escreveu. Supõe também compreender que a pausa da fala não é esse
conhecimento que nos permite utilizar virgulas e pontos sem os critérios
orientadores do emprego da pontuação. Um terceiro ponto importante é saber
que o uso da pontuação nos textos tem o objetivo de tentar traduzir, na
escrita, a ênfase, a emoção, a intenção da fala, mesmo que seja apenas por
aproximação.
Nessa etapa, o aluno precisa desenvolver a capacidade de
empregar a pontuação em final de frase – ponto final, interrogação,
exclamação, reticências – imprimindo aqui a intenção do emprego desses sinais
associada à intencionalidade contida no texto, se é declarar, perguntar,
admirar-se ou deixar em suspense o pensamento não acabado.
É claro que o professor, ao analisar, nos textos lidos, o
emprego da pontuação deverá chamar a atenção para as reais intenções do
enunciador do texto, inferir se a pontuação empregada traduz o obvio de sua
função ou se há outro sentido, como admiração, censura, humor, por detrás de
seu emprego.
Quanto à pontuação dos diálogos, o aluno, nesta etapa,
deve consolidar o emprego da sinalização clássica do discurso direto: dois
pontos para enunciar a fala da personagem, parágrafo com travessão para
indicar a fala propriamente dita da personagem e o emprego do ponto final,
ponto de exclamação, de interrogação, das reticências.
Todo esse aprendizado se dará mediante a orientação do
professor, durante a leitura dos textos, chamando a atenção para os efeitos
de sentido provocados pelo emprego dos sinais gráficos, principalmente,
nessas aprendizagens a serem consolidadas nessa etapa.
Fazer as encenações dos textos também contribui para que o
aluno compreenda o que é fala da personagem, o que é narração (em primeira ou
terceira pessoa), associando essa compreensão contextual ao emprego da
pontuação e de sinais gráficos próprios do gênero escolhido, em seus textos.
Realizar atividades, em princípio orais e, depois, por
escrito, de transformação de discurso direto e vice-versa também fortalece
esse aprendizado, já que favorece a percepção de quem são os interlocutores
dentro do texto.
O contato com diferentes gêneros, a sua leitura, a
análise, a compreensão, a percepção do para que e do por que foram escritos, levando-se
em consideração o seu autor, seu suporte de circulação, sendo capaz de
perceber, através da linguagem, do vocabulário, a quem se destina é que dão
ao aluno a visão de como ele poderá produzir seu texto, fazendo suas escolhas
pessoais mediante sua intenção comunicativa. Esse entendimento se dá,
principalmente, com a mediação clara e sistemática do professor.
Ter consciência de que a mensagem que se quer produzir
fica melhor se for expressa nesse ou naquele gênero, considerando a intenção
comunicativa, o destinatário, o suporte e, em função de tudo isso, procedendo
à escolha da modalidade lingüística é um processo que perpassa por toda a
vida escolar. O professor do Ciclo Complementar deve considerar a produção
dos gêneros previstos para as etapas anteriores, exercitando-a, e trabalhar
os sugeridos para essa etapa, para ampliar a competência dos próprios textos.
Não é só a leitura, mas também a experiência de produção, com a orientação do
professor, é que dão ao aluno a segurança ao produtor.
Os gêneros textuais que circulam na sociedade atendem a
padrões já preestabelecidos, embora nem sempre rígidos e imutáveis.
Os alunos devem ser orientados a observar essas características,
ao produzir seus textos porque elas funcionam como ponto de
Referencia que, no caso da língua escrita, facilitam a
leitura e a produção, já que orientam o trabalho de compreensão e de redação.
Assim, por ser um aprendizado útil e relevante para os
alunos saberem organizar os próprios textos, seguindo os padrões sociais mais
aceitos, cabe ao professor dar relevo a essas características estruturais e
composicionais ao ler para e com os alunos, ao sugerir e orientar produções,
ao corrigir e orientar a reescrita do texto do aluno.
Um texto é tematicamente orientado, isto é, desenvolve-se
a partir de um determinado tema, do assunto que lhe dá unidade. A
identificação desse tema é fundamental, para que o leitor possa aprender o
sentido global do texto, identificando a parte principal e as secundárias,
parafraseá-lo, isto é, contá-lo do sue jeito, dar-lhe título coerente, enfim,
resumir esse texto.
A capacidade de produzir resumos pertinentes dos textos
lidos só se conquista mediante o trabalho orientado do professor de
possibilitar ao aluno dizer em poucas palavras do que trata o texto sem
perder a sua essência.
O professor deve trabalhar atividades que permitam ao
aluno ir além da superfície do texto, conduzindo-o a estabelecer relações entre
informações explicitas e implícitas, fazer inferências, compreendendo o texto
em sua totalidade. Só a partir daí, o aluno poderá fazer síntese, isto é,
resumos coerentes, detendo-se nas idéias centrais do texto – do que fala, por
onde começa, que caminhos percorre, como o texto se conclui.
A sala de aula é um espaço público de uma instituição
publica, onde se constroem as regras de convivência e de participação.
Participar se ferir as regras de convivência é um aprendizado que precisa ser
construído entre alunos e professores. É muito importante desenvolver essa
capacidade de interagir com respeito e liberdade. Os alunos devem aprender a
escutar com atenção e compreensão, a dar respostas, opiniões e sugestões pertinentes
nas discussões abertas em sala de aula falando de modo a ser estendidos,
respeitando os colegas e o professor, sendo respeitados por eles.
O próprio convívio social proporciona às crianças boas
intuições sobre como organizar as ideias para produzir textos que os ouvintes
considerem coerentes.
Na sala de aula, essa competência quase inata de contar
casos acontecidos, das noticias, recados, contar intimidades, fazer convites,
discutir temas pode e deve ser trabalhada, aperfeiçoada mediante as
características de outros gêneros, o contato com e o trabalho com eles. É
importante compreender que a fala diverge da escrita, admitindo, por exemplo,
repetições de termos, retomadas no decorrer da fala, correções entre outros
recursos, para maior compreensão do ouvinte, ou interlocutor.
Possibilitar ao aluno ser ainda mais competente enquanto
falante, considerando a intenção comunicativa, o gênero escolhido, o conteúdo
do texto, o interlocutor ao produzir textos orais é tarefa da escola. Esse
exercício em sala, de forma simulada ou não, em muito ajudará os alunos.
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Vivência e conhecimento:
· dos espaços de circulação dos textos (no meio doméstico,
urbano e escolar, entre outros);
· dos espaços institucionais de manutenção, preservação,
distribuição, venda de material escrito (biblioteca, livrarias, bancas,
etc.);
· das formas de aquisição e acesso aos textos (compra,
empréstimo e troca de livros, revistas, cadernos de receitas, etc.);
· os diversos suportes da escrita (cartazes, out-door,
livros, revistas, folhetos publicitários, murais escolares, livros escolares,
etc.);
· dos instrumentos e tecnologias utilizados para o
registro escrito lápis, cadernos, computadores, etc.).
· Reconhecimento e classificação, pelo formato, dos
diversos suportes a escrita, tais como livros, revistas, jornais, folhetos.
· Identificação das finalidades e funções da leitura de
textos a partir do exame de seus suportes.
· Relação entre suporte e possibilidade de significação,
de temática, de gênero, de finalidade do texto.
Reconhecimento e utilização do suporte e instrumento d
escrita usuais na escola e em outros contextos, respeitando-se suas
especificidades:
· Sequenciação do texto nas páginas;
· Disposição do texto escrito na página (margens,
parágrafos, espaçamentos entre as partes, títulos, cabeçalho);
· Relação entre o texto escrito e as ilustrações;
· Reconhecimento de nome do livro, de seu autor, editora e
data de publicação;
· Localização, no livro didático, no livro literário, na
enciclopédia, na internet, de uma informação desejada;
· Consulta a índice, sumário;
· Reconhecimento e utilização de saberes relativos a como
funcionam no computador;
- a seqüência do texto,
- a disposição na página,
- a relação com imagens e ilustrações.
· Reconhecimento e utilização do texto, no cartaz,
considerando-se: disposição, tipos de letra, recursos gráficos;
· Reconhecimento de como se lêem histórias em quadrinhos,
tirinhas, livros literários (capa, contracapa, orelhas), jornais (primeira
página, cadernos, seções), revistas (índices por tema ou por seção), textos
de opinião, notícias, propagandas, classificados, entre outros.
· Manuseio de livros escolares, de literatura, de
pesquisa, dicionários, enciclopédias, cadernos, computador e de demais
instrumentos e leitura e escrita.
· Cuidado com os tetos manuscritos: letra legível,
conservação os espaços na página, paragrafação, diagramação conforme as
características físicas do gênero, dando prioridade à adequação e a estética
a apresentação o texto;
· Cuidado com os textos digitalizados: disposição do texto
na tela, diagramação e formatação adequadas às características do gênero e do
suporte de circulação;
· Atenção ao conteúdo: fidelidade ao tema, tema,
tratamento adequado ao conteúdo é a linguagem, considerando-se o destinatário,
a situação comunicativa e o objetivo o texto a ser escrito, respeitando-se o
gênero e o suporte em que o texto poderá circular.
· Gêneros sugeridos para leitura, compreensão, análise e
interpretação, para a etapa: textos instrucionais, manchetes, reportagens,
legendas, artigos de divulgação científica, verbetes de dicionário e
enciclopédia, textos informativos, cartas de leitor, tiras e jornal, relatos
de experiência, entrevistas, tabelas, diagramas, textos não verbais, textos
mistos (verbal e não-verbal), entre outros.
· Exploração de gêneros diversos (já trabalhados no ciclo
anterior e os recomendados para esta etapa).
· Contos infantis, tirinhas, notícias, cartilha educativa,
instruções de uso, de operação e montagem de aparelhos e objetos, de
confecção, texto didático, enunciado de questões, poemas, artigos de
divulgação científica (de revistas voltadas para o público infantil), mapas,
tabelas, gráficos, outros.
· Exploração de imagens, título, autor dos textos lidos,
fonte, data de publicação, suporte, outros.
· Exploração de perigrafia do livro (capa, folha de rosto,
sumário, quarta capa, orelhas, prefácio, etc.).
· Adoção e procedimentos de leitura: recuperação de
informações, de seqüências, de assuntos, e temas, de vocabulário; estratégias
de antecipação, de decifração, seleção, inferência e verificação.
· Levantamento de confirmação de hipóteses, antes e no
decorrer da leitura.
· Identificação das finalidades e usos sociais de textos e
seus portadores.
· Reconhecimento das condições de produção e leitura de
textos.
· Hipóteses sobre a função e funcionalidade da escrita.
· Adoção de procedimentos de leitura adequados aos
interesses e objetivos: desenvolvimento de estratégias de leitura (folhear um
livro ou uma revista; lendo somente títulos e subtítulos; buscar informações
específicas em jornais, folhetos e supermercados, rótulos de produtos
alimentícios, catálogos telefônicos, escolherem as entradas pertinentes entre
as possibilidades oferecidas pelos sites de busca da internet, avaliar numa
página os links que podem interessar usar o índice ou samário para buscar a
informação desejada; ler cuidadosamente palavra para revisar o texto;
substituir palavras ou trechos para recuperação futura de informações, etc.).
· Relação título/texto na construção da coerência do texto
lido.
· Aplicação de estratégias básicas para a produção de
respostas pertinentes a perguntas feitas (Como? Quando? Onde? Por quê? Quem?
O quê? Explicite. Argumente. Explique. Justifique.)
· Identificação do assunto dos textos lidos.
∙ Leitura expressiva de poemas, de textos teatrais,
participação em jograis, etc.
∙ Leitura silenciosa de textos, como os que exigem tomada
de leitura, para realizar tarefas (receitas, mapas de trajeto, manuais de
instrução, regras de jogo, enunciado de questões, etc.)
∙ Reconhecimento do alfabeto e da correspondência grafema/fonema.
∙ Emprego de letra maiúscula: nomes próprios, início de
frases e parágrafos.
∙ Reconhecimento da diferença entre fala e escrita.
∙ Reconhecimento da diferença entre fala e escrita.
∙ Domínio da grafia de palavras que sofrem interferência
da fala.
∙ Emprego do dicionário para certificação da escrita
correta.
∙ Emprego da pontuação em final de frase e situação de
diálogo (interrogação, exclamação, travessão, dois pontos, virgulas nas
enumerações e para separar vocativo e aposto).
∙ Padrões de escrita:
- acentuação de palavras conhecidas.
- acentuação gráfica das proparoxítonas;
- escrita de palavras de uso frequente;
- nasalização: m antes de p e b, contraposição (fazendo/fazeno)
– uso popular do gerúndio, sibilantes s e z, representados pela letra s
(sapo, casa): sufixo, eza, fonemas ch, ksi, s, z representadas pela tra x
(xarope, fixo, próximo, exato); verbos na terceira conjugação (partir,
sorrir), nas formas “sorrisse”, “partisse”, sendo contrapostos a outras
palavras, como “tolice”, “meninice”, por que, porque, por quê, porquê.
- casos gerais de concordância nominal e verbal.
- pontuação (importância e uso contextual); pontuação do
diálogo, travessão duplo, dois pontos, reticências.
- diagramação do texto, considerando-se o gênero.
- manuseio de dicionário, enciclopédias e gramáticas.
- classificação quanto à tonalidade (oxítona, paroxítona e
proparoxítona), como foco na acentuação de palavras conhecidas.
- processos de formação de palavras.
- usos e funções.
- verbos: pretérito, presente e futuro.
- pronomes pessoais (reto, obliquo) – uso do pronome no
texto, realçando seus efeitos na coesão.
- Marcadores textuais (artigo, preposição e conjunção –
sem nomeação, com foco na paragrafação).
- elementos coesivos (progressão temática).
∙ Consideração das condições de produção dos textos
escritos definidos na tarefa.
∙ Produção de textos de diferentes gêneros (cartas,
bilhetes, recontos de historias lidas, resumos, noticias para jornal – mural,
esquemas para apresentação de trabalhos, resumos, resenhas de livros e de
textos escritos por colegas e outros).
- Retextualização de historias lidas em pequenas peças
teatrais.
∙ Organização e estruturação dos textos conforme as
características do gênero escolhido.
∙ Reconhecimento dos padrões de composição de cada gênero
textual.
∙ Produção de resumos dos textos lidos.
∙ Produção de textos escritos.
∙ Produção de narrativas.
∙ Produção de resumos, roteiros e sinopses.
∙ Produção de entrevistas.
∙ Produção de narrativas com autoria.
∙ Padrões de escrita:
- segmentação de palavras.
- ortografia.
- acentuação de palavras.
- usos da letra maiúscula.
- concordância verbal.
- pontuação.
- segmento do texto.
- diagramação do texto.
∙ Padrões de textualidades;
- discurso direto e indireto.
- coerência e coesão.
- concordância verbal e normal.
∙ Oralidade e expressão:
- recursos paralinguísticos de sustentação (gestos,
tonalidade da voz, expressões faciais), de acordo com os objetivos do ato de
interlocução.
- relato de experiências vividas.
- leitura me voz alta de textos com finalidade
determinada.
- debate espontâneo: escuta organizada e apresentação de
argumentos: opinião e comentário.
- gêneros de discurso oral: características da língua
falada em determinadas situações; adequação da fala (situações simuladas).
- a escrita como apoio em situações de fala planejada.
- a pesquisa para preparar exposições orais.
- variantes linguísticos: contextos de produção e recepção
da fala; variações linguísticas; recursos linguísticos; gêneros.
- exploração de gêneros orais como júri simulado, debate,
jornal falado, seminário, apresentação de pesquisa, de experiências cientificas,
entrevistas, etc.
∙ Produção de textos orais de vários gêneros.
∙ Exploração de gêneros, como notas, esquemas, cartazes ou
outros que sejam suporte para representação oral.
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